Moto2, 2021, Algarve: Quando Bastianini celebrou o título em Portimão
O desfecho dos duelos de Portimão em 2020 foi enfrentado pela qualificação, com a subida de Bastianini ao topo. O piloto de Rimini sagrou-se campeão mundial de Moto2 à frente do seu futuro companheiro de equipa Luca Marini.
Um ano condicionado por um fator externo, a pandemia, e uma temporada comprimida em quatro meses, só poderia ter um determinado epílogo. Até porque, fiel à singularidade da vindima, a última e decisiva etapa foi num circuito que se estreava no Campeonato do Mundo, Portimão, tudo menos fácil de “domesticar”.
Nesse ano como agora, a Moto2 e Moto3 eram as duas classes que ainda faltavam designar campeões, dois match-point que seriam resolvidos cedo, ou seja, um dia antes da corrida. Isto porque o que aconteceu na qualificação, condicionou o resultado da batalha a três na Moto2, bem como o fim da luta a três na Moto3.
Quando o sol começava a se pôr sobre o Algarve, no extremo sudoeste da Península Ibérica, com a Moto2 na pista de qualificação, Bastianini deu o salto decisivo para a conquista do Campeonato do Mundo. Fiel a um caminho no qual interpretou cada momento da maneira certa, entendendo quando atacar e quando administrar da melhor forma, a meio do Q2, o piloto da equipa Italtrans baixou a cabeça e decidiu deitar tudo o que tinha para fora.
Confinado naquele momento a uma preocupante sexta linha, com os principais rivais Sam Lowes e Luca Marini nos primeiros lugares, Bastianini montou um pneu macio não só na parte traseira, mas também na dianteira. E em duas voltas ganhou subiu quatro linhas providenciais na grelha de largada. No dia seguinte, na corrida, Enea Bastianini saiu do quarto lugar e foi líder desde a primeira curva – onde caiu Fábio Di Giannantonio – até ao último metro onde viu a placa da equipa Italtrans com a inscrição de “Campeão do Mundo”.