MotoGP, 2021, Dovizioso: “Não pilotava uma Yamaha desde 2012”

Por a 14 Outubro 2021 16:55

Andrea Dovizioso, depois de uma saída dos Grandes Prémios que nunca ficou bem explicada em 2020, regressou este ano ao MotoGP e já melhorou significativamente, com o seu 13º lugar recente. No entanto, prefere não entrar em grandes previsões quanto ao seu futuro com a Petronas SRT Yamaha.

A propósito do resultado na última corrida no Texas o italiano, começa por dizer em tom de brincadeira:

 ‘Posso competir contra o Valentino no grupo dos mais de 35 anos’.

Como esperado, Andrea Dovisiozo achou difícil a habituação à Yamaha M1 com o motor em linha de 1000 cc, que exige um estilo de condução completamente diferente das V4 da Ducati.

No começo o italiano de 35 anos andou com a Petronas Yamaha entre o 20º e o 24º lugar em todos os treinos do GP de Misano, literalmente na última posição três vezes (FP1, FP4 e Q1). O seu déficit para o piloto mais rápido era inicialmente de 2,5 segundos, no warm-up de 2 segundos, terminando a corrida em 21º a 42,587 segundos do primeiro. Foi o começo de um estreante, pouco mais que isso… No entanto, em Austin, no Texas garantiu a 14ª posição da grelha e terminou a corrida na 13ª posição, um progresso bom e três pontos somados com seis pilotos a terminarem atrás do italiano.

‘Não conduzia uma Yamaha desde 2012, mas sabia que a moto tinha mudado muito desde então’, explicou o três vezes vice-campeão de MotoGP. ‘Mas isso não me preocupou em Misano. Porque a minha mudança pessoal desde então foi maior do que a das motos. Para mim, as corridas deste ano são sobre comparações e experiências.

‘No próximo ano terei uma moto atual de fábrica 2022 da Yamaha no início da temporada.’

‘Em Misano sabia que tinha um motor na minha Yamaha “A-spec” que era mais lento no papel do que os motores dos pilotos de fábrica. É por isso que nunca imaginei que voltar iria ser fácil. Também enfatizei que no início os resultados não importam. Tenho que me acostumar com a nova posição na moto porque o tamanho da moto também é diferente do que estava  acostumada há anos na Ducati. E que teria de adaptar o meu estilo de condução. ‘

O 15 vezes vencedor do MotoGP passou grande parte deste ano sem corridas, o que no seu entender foi positivo.

‘Senti-me bem em casa. Pude perseguir outras paixões, como fazer motoctoss.’

‘Fiquei um pouco mais relaxado porque faltou a pressão da luta pelo título de MotoGP. Se não participamos nas corridas tudo fica mais tranquilo, 100 por cento! Isso foi particularmente perceptível para a minha namorada.’

‘Mas quando a porta da Yamaha se abriu porque Maverick Viñales foi embora, pensei primeiro nisso. Terminei em quinto na Tech3-Yamaha em 2012, por isso esperava um contrato na equipa principal, mas isso não aconteceu. Nunca imaginei que seria mais rápido, mais forte ou o melhor com esta M1. Mas lutei contra outros fabricantes no MotoGP por muitos anos e sempre tive nos meus planos correr ainda com outra marca no campeonato do mundo.’

‘É claro que corro mais riscos de ter resultados medíocres numa equipa privada do que numa equipa de fábrica. Mas não me importo.’

Eu corro para mim mesmo, tenho a paixão necessária por isso, tenho um grande interesse em andar com uma moto completamente diferente e uma nova marca. Corri esse risco e não tenho nenhum problema com isso.’

‘Tenho muita sorte por ter conseguido um total de cinco Grandes Prémios e dois grandes testes de MotoGP este ano. Porque normalmente um piloto que muda de equipa só tem dois testes antes de a temporada começar novamente. Os dois testes em Sepang e Lombok serão adicionados para mim em fevereiro. Isso é bom, porque me permite realmente fazer uma  adaptação tanquila à Yamaha M1’.

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