MotoGP, 2021, Texas: KTM preocupada com Oliveira
Depois de 3 pódios consecutivos num bom momento de forma, o piloto português marcou apenas dois pontos em cinco corridas e isso preocupa a KTM
É inegável que Miguel Oliveira tem tido os seus altos e baixos esta época. O piloto português iniciou a sua campanha com resultados indiferentes que sugeriam um ano negro.
Mas a marca de Mattighofen reagiu e Oliveira voltou a subir ao conseguir um primeiro pódio em Mugello antes de uma vitória em Barcelona e outro pódio na Alemanha.
Antes das férias de Verão, parecia ser um dos candidatos ao título, mas depois veio o reinício da época e foi como se o companheiro de equipa de Brad Binder tivesse esgotado o seu stock de boa vontade.
O registo de Miguel Oliveira nas últimas cinco corridas é, no mínimo, deprimente.
O piloto de Almada marcou apenas dois pontos enquanto o seu colega de equipa Brad Binder aproveitou ao máximo todas as oportunidades e o potencial da sua RC16 para entrar nos seis primeiros do campeonato.
Chegou mesmo a ganhar na pista de casa da marca, quando arriscou correr em pneus slick à chuva…
Mas onde está então aquele Oliveira que Quartararo mencionou antes das férias de Verão como um perigo potencial?
Desde o reinício da época, o piloto português apenas reivindicou um 14º lugar, valendo 2 pontos, como melhor resultado.
De resto, desistiu em ambas as corridas em Spielberg, terminou em 16º em Silverstone, 14º em Aragón e 20º em Misano.
Em comparação, o seu colega de equipa da KTM Brad Binder terminou em quarto lugar em Spielberg 1.
Em Spielberg 2 ganhou com slicks quando começou a chover.
Os seus outros resultados foram sexto em Silverstone, sétimo em Aragón e nono em Misano 1. E o que é estranho é que nos treinos Oliveira continuava a ser, frequentemente, o mais rápido. Ainda pior, Oliveira foi também batido por Iker Lecuona.
“O objetivo é, evidentemente, voltar a essa forma”, disse Oliveira. “Neste momento, a razão é difícil de compreender. É uma combinação de muitas pequenas coisas que conduziram a esta situação. A sorte não parece estar do nosso lado neste momento”.
O pulso direito, lesionado num acidente na primeira sessão de treino livre em Spielberg, não é, com alguns especularam, a principal causa da atual baixa.
Há também pequenos problemas técnicos na altura errada, com a KTm a reagir mal à pista quente, ou má sorte com bandeiras amarelas durante as melhores voltas.
“Mostrámos que temos velocidade“, disse Oliveira. “O meu ritmo no TL4 em Aragón e no Warm Up em Misano é muito diferente da realidade da corrida. Houve também problemas técnicos por causa dos quais não pude fazer mais progressos”.
“Mas essa é a brutalidade deste desporto. Não se pode esperar estar em forma todos os fins-de-semana. Estou em dificuldade para encontrar a configuração certa ou sentir-me no meu melhor neste momento, mas confio que vai tudo voltar e voltarei a ser competitivo”, concluiu Oliveira.