MotoGP, 2021, Estíria: A metade da época que falta
Prestes a começar a segunda metade da época, ainda há muito por jogar, com pelo menos 7 pilotos com ambições ao título, e Miguel Oliveira é um deles
Agora que sabemos da retirada de Valentino Rossi no fim da época, vamos concentrar-nos no estado de coisas com as várias equipas em luta pelo campeonato: De um lado, com muita força, mas concentrados apenas num piloto, temos a Yamaha, mas apenas uma, a M1 Monster oficial de Fábio Quartararo.
Do outro, e a poucos pontos de distância, temos a Ducati mas nesta, os esforços e as oportunidades dividem-se de forma praticamente igual entre três dos seus pilotos:
Um deles, a 34 pontos da frente, é Johann Zarco, da equipa satélite Pramac, que é o segundo classificado neste momento.
Os outros são os dois oficiais da Ducati LeNovo, Jack Miller e Francesco Bagnaia.
A seguir estão as duas Suzuki, ou pelo menos a de Mir, mas de certa forma também com Alex Rins, se ele puder voltar à consistência que acompanha a sua boa velocidade normal… e sem dúvida a KTM, que deu um grande salto, neste caso principalmente com Miguel Oliveira em 7º a 71 pontos da frente, mas Binder apenas 2 lugares abaixo… sim, porque na equação, embora não em luta pelo título aparece ainda a Aprilia de Aleix Espargaró, cujo objetivo, para já, seria acabar no pódio…
Não podemos deixar-nos enganar pelas próximas duas corridas, em que as V4, nomeadamente as Ducati e KTM – A Honda e Aprilia também são V4, mas não tanto – podem levar a vantagem.
Porém, a longo prazo, ao longo do que resta do campeonato Fábio Quartararo parece ser a força dominante.
Quanto está tudo do seu lado, não luta com ninguém, foge para a vitória e portanto elimina o handicap da Yamaha, escolhendo trajetórias a seu bel prazer sem ser incomodado pelos rivais.
O problema aí é que a Yamaha não tem conseguido dar-lhe um lugar-tenente capaz de o ajudar com alguma consistência.
Com Morbidelli afastado por lesão e Rossi, em fim de carreira, agora literalmente, e afundado na classificação, um Maverick Viñales que já venceu este ano, mas desde aí tem sido muito inconsistente, é tudo o que resta.
O problema é que nunca se sabe o que Viñales, que está de partida da Yamaha, vai fazer, ora pisando o pódio, ora acabando em último.
Não podemos descartar as Honda, com Márquez a parecer cada vez mais fortes, mas a 106 pontos do líder, até ele reconhece que o Campeonato já era… a menos que cenários extremos de venham a verificar… e como é mesmo aquele ditado que diz que a única coisa certa é que nada é certo?
Neste momento, o cenário mais provável é Fábio Quartararo celebrar o seu primeiro título mundial de MotoGP, mas há muitos outros cenários possíveis:
Bagnaia, em 3º a 47 pontos da frente, tem ameaçado e decerto vencerá um GP até ao fim do ano, e a Suzuki, se ainda não o fez, poderá fazê-lo, agora que se junta aos outros em ter o dispositivo de regulação de altura a funcionar.
Quanto a Miguel Oliveira, o mais “outsider” dos candidatos, poderá ter uma série de corridas muito boas a seguir, e dois resultados muito fortes, leia-se pódios, na Áustria, poderiam catapulta-lo seriamente para a luta pelo título…
Seja como for, vai ser interessante de seguir, e a época em que Valentino Rossi se retira ficará para a história!