MotoGP, 2021, Estíria: Irmãos em armas, Parte 1
Na atualidade há uma série de duplas de irmãos que se digladiam em pista e é interessante recolher as suas impressões
A dada altura, era muito raro, praticamente inédito, haver irmãos na MotoGP e quando ocorreram, geralmente o mais brilhante arrastava o outro, que não tinha grande notoriedade, para a carreira.
Todo conhecem o homem com mais títulos mundiais, Giacomo Agostini, mas quem se recorda do seu irmão Felice?
Hoje em dia, pelo contrário, há numerosas duplas de irmãos que imediatamente ocorrem: Marc e Alex Márquez, Aleix e Pol Espargaró, Valentino Rossi e Luca Marini, só na MotoGP e mais além, os irmãos Raul e Adrian Fernández, os irmãos turcos Öncü, ou até os Lowes que não se encontram em pista por um estar nas Moto2 e outro nas Superbike e são ainda mais uma raridade por serem gémeos.
Quando ambos disputam a mesma categoria, naturalmente surgem rivalidades em pista, e Marc Márquez, por por seu lado, comenta:
“Correr contra o meu irmão, como colegas de marca, mas rivais, é uma coisa que me deixa muito contente e cheio de orgulho- por mim, e por ele!”
Por seu lado, Valentino Rossi já acha mais estranho:
“É uma sensação estranha, por um lado é lindo, por outro lado, é estranho tratar o teu irmão como rival… Já de si lutamos contra tantos fatores, a aderência, a mota, a pista, e em treinos, portanto acaba por ser o mesmo na MotoGP.”
O seu irmão Luca Marini, como rookie, claro, valoriza a troca de informação que se dá:
“Falamos sempre acerca de tudo, da moto, das pistas, dos pneus, das corridas…”
Pol Espargaró diz que gosta de competir com o seu irmão e que são muito competitivos entre si:
“É divertido correr contra o meu irmão, somos muito competitivos, aqui na MotoGP e em todo o lado… às vezes é bom porque partilhamos um sonho entre irmãos e é uma coisa espantosa, que nem todos podem fazer…”
“Correr com ele em MotoGP é especial” – diz por sua vez Aleix – “é especial quando chegamos ao pé um do outro em pista não é apenas outro piloto qualquer, é completamente diferente, e tentamos ter mais cuidado… mas na verdade dá-me grande satisfação correr com ele e perto dele!”
“Acaba por ser bom porque há uma data de pares de irmãos no campeonato e isso é engraçado!”
Alex Márquez também tem a sua opinião:
“Cada vez que seguimos ou ultrapassamos o teu próprio irmão é diferente de se fosse outro piloto, mas a intensidade é a mesma!”
“Quando estamos a lutar pela pole, é lógico que nos esquecemos ser o nosso irmão ou não…”
“Temos que lutar pela nossa equipa, as nossas cores, e esqueces quem é que é o teu irmão ou não…”
“Respeitamo-nos nas ultrapassagens, mas somos aguerridos como com outro piloto qualquer!”