MotoGP, 2021, Assen: Que diz Maverick Viñales sobre a Aprilia?
Maverick Viñales não teve muito bem a dizer sobre a Yamaha vencedora, mesmo depois de terminar em segundo em Assen.
Apesar de terminar em segundo lugar no Grande Prémio da Holanda no TT Assen, Maverick Viñales, que caiu em desgraça com a Yamaha, não conseguiu melhorar a sua sexta posição no Campeonato do Mundo na Yamaha Monster Energy.
O espanhol já está 51 pontos atrás do companheiro de equipa Fabio Quartararo após nove de 19 corridas, e tem agora Miguel Oliveira apenas 10 pontos atrás.
Em Assen tornou-se mais claro a cada dia até que ponto a relação da Yamaha com Viñales se degradou.
O piloto teve agora três chefes de tripulação diferentes em dois anos, mas nada mudou em termos de resultados.
A mudança do número de corrida de 25 para 12 após a época de 2018 também não produziu qualquer sucesso retumbante.
Ficou claro para Maverick nos seus primeiros anos na Yamaha, em 2017 e 2018, que as simpatias da equipa pendiam esmagadoramente para Valentino Rossi, o que também levou Jorge Lorenzo à Honda Repsol após a época de 2017.
Foi então que Maverick o substituiu no seio da equipa de Ywata. E quando Rossi não estava a ganhar nada (a sua última vitória foi, justamente, em Assen, mas já em 2017), o mais rápido e mais duro Fabio Quartararo apareceu no firmamento da Yamaha em 2019.
Viñales, por outro lado, é frequentemente conspícuo por, entre outras coisas, revelar fraquezas, e também se deixa levar por uma ou outra decisão estranha de pneus de vez em quando.
Em Assen, por exemplo, foi hoje o único dos 22 pilotos a escolher o pneu dianteiro macio. Todos os outros pilotos escolheram o médio.
“Foi um bom fim-de-semana, porque há algum tempo que não acabava no pódio!” “Não sei o que aconteceu no início”, desabafou Viñales. “Talvez a embraiagem não tenha soltado corretamente. Tive uma saída lenta da linha de partida. Depois fiquei preso atrás do Nakagami na quarta posição e não consegui passar. Faltava-me muita velocidade máxima nas retas. Como o Fabio também diz, com a nossa moto é complicado ultrapassar.“
“O meu único objetivo era chegar à frente em primeiro lugar. Quando tinha caminho livre para a frente e era segundo, consegui apanhar um pouco o Fabio. Mas era demasiado tarde. Já não havia voltas suficientes para atacar. O importante é que fomos rápidos no final da corrida e terminámos no pódio”.
E o que está por detrás dos rumores sobre a cisão com a Yamaha e a possível mudança para a Aprilia?
“Para já, não há verdade nesses rumores, estou a tentar dar o meu melhor com a Yamaha!”
“Mas uma coisa é clara. Não posso dar o meu máximo na Yamaha. Tenho de orientar a minha vida e encontrar a minha direcção, para atingir o meu potencial. Isso por vezes é difícil, mas eu preciso de algo para mudar. Preciso de algo em que tenha a oportunidade de dar o máximo. Em cada corrida, a cada volta e em todas as pistas”.