MotoGP, 2020: Beirer fala do sucesso da KTM até Oliveira
O diretor de competição da KTM, Pit Beirer, recorda os primeiros quatro anos da equipa Austríaca na MotoGP
“Às vezes ainda tenho que me beliscar. Quando acordo à noite, às vezes pergunto-me se tudo isto é verdade. Quando começámos o projeto de MotoGP em Mattighofen em 2014, com uma folha de papel branca, estes sucessos estavam tão longe…”
“Toda a empresa ajudou a arrancar este projeto do terreno. Depois, estivemos no Qatar 2017 pela primeira vez no início e éramos 3 a 3,5 segundos mais lentos por volta.”
“Estávamos no paddock, mas o caminho para o sucesso não era óbvio nessa altura”, recorda Pit Beirer. “Depois, foi uma questão de perseverança. Agora, na quarta temporada, temos finalmente as primeiras vitórias. Por um lado, isto aconteceu cedo, por outro lado, a fome já vinha de longe.”
“Há quatro anos, nem podíamos imaginar estes sucessos, mas temos constantemente desenvolvido o material, trazendo constantemente novos componentes para a pista. Melhorámos de ano para ano. Todos os anos vinha uma moto nova, os tempos eram reduzidos, dava para ver, que algo se passava. Mas também houve contratempos, a moto teve de ser adaptada à nova geração de pneus, e às temperaturas mais frias do outono. “
“A aventura de MotoGP tem sido uma montanha russa para nós até agora, mas com um resultado final muito bom. As duas primeiras vitórias em Agosto vieram muito cedo esta temporada e talvez, inesperadamente. Depois disso, deparámo-nos com uma fase difícil quando ficou mais frio, já não éramos competitivos e não podíamos lutar pelos três primeiros.”
Nenhum piloto da KTM esteve no top 10 no GP de Emilia Romagna em Misano, nem na primeira corrida de Aragón, mas uma semana depois, em Aragón Teruel, Pol Espargaró e Miguel Oliveira terminaram em 4º e 6º novamente.
Para mais, três pilotos da KTM terminaram duas vezes no top 7 e no top 6, antes de Miguel Oliveira, em Portugal, garantir a sua terceira vitória de forma inimitável.
“Depois do GP de Aragón, analisámos o que aconteceu e encontrámos o caminho de volta ao topo”, diz Beirer. “Foi assim que virámos a situação a nosso favor nas últimas corridas e conseguimos a terceira vitória em Portimão, numa pista que é talvez a mais difícil do ano. Foi em grande, foi difícil de entender, mas gostámos.”