MotoGP, 2020, Portimão: Pilotos encantados com o AIA – “É um deleite de circuito”
“Diverti-me muito”, disseram praticamente todos os pilotos de todas as categorias, a propósito do circuito de Portimão. Aqueles que melhor o conhecem, e também os que o encaram pela primeira vez.
Até os pilotos de MotoGP que já o tinham feito com motos normais de estrada ficaram impressionados com as suas contínuas subidas e descidas, as mudanças de declive, curvas cegas e várias outras curvas, um deleite para eles. “Há muito tempo que eu não gostava tanto de andar de moto”, admitiu Jorge Martin com um sorriso de orelha a orelha.
Até Fabio Quartararo, que ganhou um dos seus dois títulos da FIM CEV Repsol Moto3 neste mesmo circuito, ficou espantado com a reação dos protótipos de MotoGP. “Na descida da última curva, a primeira vez que a fiz senti borboletas no estômago, como numa verdadeira montanha-russa”, disse o francês.
Valentino Rossi, que já correu em mais de 30 circuitos diferentes só no Campeonato do Mundo se sentiu encantado pelo circuito. “É lindo, muito engraçado. A grande diferença são as mudanças de nível. Eu falei com o tipo que o fez e é tudo artificial, eles decidiram tudo sobre uma mesa. São mudanças extremas que não se veem na televisão. É um bom traçado, temo de pilotar sabendo-o de memória, tem tudo”, disse o nove vezes campeão mundial. Outros concordaram, pondo algumas reservas, como Dovizioso. “É fascinante… para os telespectadores. É bastante lento, não condiz muito com o meu estilo”, disse.
Alex Marquez e Pol Espargaró têm opinião coincidente, referindo ambos que não gostariam de decidir um título na pista lusa. Maverick Viñales diz: “O segredo? A maior parte das vezes fecha-se os olhos, não se sabe onde se vai parar. É muito técnico”, disse.
“É especial, é incrível e também é difícil. É preciso ajustar a electrónica para evitar que a roda dianteira se levante a todo o momento”, analisou Mir. Isso faz com que os concorrentes tenham de brincar muito com o seu corpo. “É muito físico”, salientou Alex Marquez.
“É preciso estar sempre muito concentrado, controlar o gás e a electrónica”, acrescentou Rins.