MotoGP, 2020, Teruel: Bagnaia ficou em Aragón preocupado com o Covid

Por a 21 Outubro 2020 18:00

Francesco “Pecco” Bagnaia ficou em Aragón no intervalo entre os dois grandes prémios, confessando-se um pouco preocupado com a situação do Covid-19

O piloto da Ducati Pramac disse que não é como alguns dos outros, que se podem permitir jatos privados, que para ele seria um gasto excessivo:

“De Le Mans regressei com o avião privado do Rossi, mas para Aragón algum vim num voo normal, por isso, preferi ficar no circuito espanhol e proteger-me, sou um bocado hipocondríaco…

Em casa as coisas não estão bem, espero que não piore ainda mais, senão vamos ver corridas com cinco ou seis pessoas a menos de cada vez…

Foi um mundial muito difícil, mesmo mentalmente, esta situação aflige-me um pouco.

A Itália já está a falar de fechar os ginásios e a situação preocupa-me, vejam o caso do Arbolino, que testou negativo, mas foi posto em quarentena para Aragón simplesmente porque no seu avião uma pessoa duas filas atrás acusou positivo!

Procuro evitar estas situações, confesso que me assusta um pouco e penso que o melhor foi ficar aqui…”

Quanto à recente corrida, disse que tinham que analisar os dados em detalhe para ver o que tinha sucedido, pois depois de uma boa primeira volta o seu desempenho sofreu:

“Também tivemos azar”-  diz o piloto – “a primeira volta foi boa, arranquei rápido e estava a pensar que teria sido possível passar os que estavam à minha frente estava com mais aderência que tinha tido todo fim-de-semana e tinha uma boa sensação na moto mas depois aconteceu qualquer coisa.

Consegui ganhar temperatura nos pneus estou certo que teria recuperado não digo que tivesse lutado pela vitória mas o potencial de terminar nos primeiros sete estava lá!

Temos que consultar os dados ver o que aconteceu é muito difícil perceber o que foi, porque me pareceu que alguém me tinha tocado, mas ninguém o fez!

Agora temos outra oportunidade aqui, penso que podemos ser mais competitivos porque a nossa moto aqui é forte, e vamos tentar de novo, vou pensar na situação dos pontos, porque é muito mais importante que a Ducati vença o título do que eu ganhar uma posição ao Dovizioso…

Será fundamental começarmos a trabalhar logo à partida sexta-feira no ritmo de corrida, como fizemos no fim-de-semana onde eu fui o mais rápido…

É preciso pensar as coisas desse modo, a moto está bem, nesse aspeto não vamos mudar nada, mas depende das condições…”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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