MotoGP, 2020: Dani Pedrosa “não exclui regresso” com a KTM
Dani Pedrosa dificilmente pode imaginar um regresso à grelha do MotoGP. No entanto, o piloto de testes da KTM não exclui totalmente a possibilidade de um regresso ao Mundial.
Quando Dani Pedrosa se retirou da competição do Mundial de Velocidade, no final de 2018, já tinha vivido 18 épocas de GP em que tinha conseguido 54 vitórias.
Por três vezes, o pequeno espanhol sagrou-se campeão do mundo, ainda que apenas nas classes menores: em 2003 venceu o Campeonato do Mundo de 125cc e nos dois anos seguintes, conquistou a coroa na classe de 250cc, sempre com a Honda.
Depois da sua ascensão ao MotoGP, não ganhou o título, em 2007, 2010 e 2012, mas o piloto de Sabadell, agora com 34 anos, terminou em segundo lugar no Campeonato do Mundo em 2008 e 2009, tendo sido terceiro e 2013.
Na sua derradeira temporada, em 2018, teve de se contentar com o 11º lugar, sendo umm facto de que nunca tinha acabado tão mal numa época anterior do Mundial. Depois, desde então, limitou-se às funções de piloto de teste com a KTM.
Numa conversa ao vivo com Jorge Lorenzo, organizada pela MotoGP.com, Pedrosa falou sobre a sua saída e explicou:
“Foi um momento estranho, porque não é fácil perceber se chegou o momento certo para nso afastarmos. Na nossa cabeça ainda estamos na luta, mas temos de ver algumas coisas. Tive muitos ferimentos ao longo do tempo, muitas lesões, e cada uma delas me afetou.”
“A Honda também era uma moto muito exigente, tinha de se recuperar no fim da corrida, mas nem sempre havia tempo para isso. Não podia fazer o que me propus fazer, conseguir um título de MotoGP, e pude ver claramente isso pelas minhas performances”, disse Pedrosa em autocrítica, salientando o seu novo e mais descontraído dia-a-dia como piloto de testes da KTM:
“É estranho deixar de ter stress com a comunicação social, a corrida e os adversários. Mas é bom não sentir mais essa pressão, mesmo que tenha sido um choque no início.”
E Pedrosa, que foi autorizado a testar a KTM em Spielberg mais recentemente nos dias 27 e 28 de Maio, também disse com orgulho:
“Quero aprender muitas coisas, tenho uma lista. Mas este ano, como todos os outros, não pude fazer muito.”
É difícil para ele imaginar um regresso à formação inicial do MotoGP, mas por outro lado não quer descartar um regresso completamente:
“A motivação vem da vontade de vencer e se não estás numa equipa vencedora, então também é mais difícil motivar-te.”
“Na KTM, estamos satisfeitos com o progresso que fizemos com a moto. Para mim, a moto é um desafio, ainda não é a melhor e a tarefa é melhorá-la. Se eu sentir no futuro que a KTM está pronta e a equipa acredita no momento certo, então vamos ver o que acontece”, disse Pedrosa.