MotoGP, 2020: Miguel Oliveira na KTM oficial com Brad Binder
O que prevíramos ainda esta manhã aqui, concretizou-se mesmo, mas de uma forma que quase ninguém poderia prever: O português autor do melhor tempo no segundo dia de testes de MotoGP em Misano vai mesmo passar para a equipa de fábrica da KTM.
A tão badalada mudança de Danilo Petrucci para a marca Austríaca também é um facto, mas o Italiano de Terni vai justamente para o lugar de Oliveira na Tech3 de Hervé Poncharal.
Isto explica o estranho silêncio que rodeava os planos da marca de há uns dias a esta parte, e pôr sem sombra de dúvida que a –ainda por confirmar ao certo – passagem de Pol Espargaró à Honda Repsol será uma realidade.
Assim, Miguel Oliveira vai manter a sua ligação com a casa austríaca mas em 2021 irá vestir as cores da equipa principal, a Factory Racing, onde se voltará a juntar a Brad Binder, com quem já esteve nas Moto2 e também Moto3.
Miguel Oliveira irá juntar-se à estrutura principal da casa de Mattighofen, no que será o seu terceiro ano em MotoGP e o sexto com a KTM, marca com a qual assinou os seus maiores sucessos, incluindo as 12 vitórias até hoje conquistadas pelo almadense e dois vice-Campeonatos nas classes de apoio à MotoGP.
“Estou muito feliz por esta oportunidade que a KTM me está a dar para os próximos dois anos. Sinto que eles confiam em mim para mostrar o meu valor como piloto neste projecto. Desde o primeiro dia que dei o meu melhor para a moto e acreditei no seu potencial para conseguir bons resultados e é isto que queremos alcançar no futuro próximo. Penso que estamos no sítio certo para o conseguir e para me desenvolver como piloto. É uma grande, grande oportunidade. Ainda temos que nos concentrar em 2020 mas sinto-me grato por este grande desafio. Obrigado à família KTM!’
Segundo a KTM e à semelhança do que já sucedia desde o ano passado, todos os quatro pilotos da marca irão utilizar motos e material idênticos.
Uma excelente notícia que peca por tardia. Este ano já deveria ser esse o lugar do Miguel. Penso que a KTM fez bem em rever a gestão das expectativas.
Confesso que alimentei a esperança de uma Ducati ou uma Yamaha para 2021 (era bem feito para a KTM perderem o Miguel depois daquela desconsideração) caso o Rossi e o Dovi saltessem fora do campeonato mas o Miguel não traz dinheiro que chegue…só uma marca como a KTM poderia fazer isto com dois miúdos vindos de países secundários no panorama internacional do motociclismo. Felizmente não precisam de trocos vindos dos pilotos.
Apesar de dizerem que: A KTM tem 4 motas em pista e que o que interessa é que uma delas ganhe, a mota azul e laranja vai sempre ter mais peso que a azul e prateada.
Agora é que o Miguel vai mostrar do que é feito. Um piloto inteligente, metódico e muito rápido mas que agora terá que gerir toda a pressão de uma verdadeira equipa de fábrica.
Estes testes foram um boost de confiança depois da “gracinha” do Binder nos testes de inverno.
Não interessa viver de “show off” de uma volta rápida, se depois acabas a corrida a 10 segundos do vencedor. Mas no nível atual quase ng se pode dar ao luxo de começar em 12º e esperar chegar ao pódio.
este é o caminho, e neste momento parece que o Miguel já é capaz de retirar quase tudo da KTM (ou mesmo tudo caso seja regularmente o mais rapido da marca) numa volta, mas é preciso ter um verdadeiro ritmo de corrida para poder sonhar com top 10 quase sempre e uns top 5 num dia bom.
Não é fácil pois vejamos:
3 Hondas 2020, 4 Yamahas 2020, 3 Ducati 2020 e 1 2019/20, 2 Suzuki 2020. 13 motas, extra ktm, candidatas ao top 10.
se adicionarmos pelo menos 1 KTM de Pol e uma Aprilia do Aleix (O Smith também vai ser forte) serão 15 motas para 10 lugares.
Vamos ver do que é capaz a KTM/Miguel em ritmo de corrida.
Cumps.