Moto GP, Top 5: Maverick Viñales

Por a 29 Maio 2020 16:00

Maverick Viñales Ruiz já tem um título de campeão do mundo de Moto3, ganho em 2013. Atualmente está a competir na classe rainha de MotoGP, pela Yamaha Monster Energy, onde em 2015 conquistou o título de estreante do ano em MotoGP.

Nascido em Figueres, na Catalunha, a 12 de Janeiro de 1995, Viñales começou a competir aos três anos de idade em minimotos antes de seguir para o motocross e, eventualmente, para o circuito de velocidade em 2002, competindo no Campeonato Catalão 50cc, antes de várias temporadas de sucesso nas “metrakit de 70cc “, onde teve como frequente rival Miguel Oliveira. Em 2007, sagrou-se campeão catalão de 125cc, e repetiu o feito em 2008, além de ganhar o Troféu do Mediterrâneo. Também em 2008, competiu em provas selecionadas no Campeonato Alemão IDM de 125GP para a RZT Racing, a bordo de uma Aprilia RS 125 R, conseguindo o melhor resultado de sétimo.

Em 2009, subiu à série de 125GP do CEV com a equipa Blusens-BQR, fazendo dupla com Miguel Oliveira na equipa. Viñales terminou a temporada como Rookie of the Year, ao terminar como vice-campeão para Alberto Moncayo na classificação do campeonato, por apenas quatro pontos.

Viñales também conquistou quatro pódios consecutivos durante a temporada, incluindo uma vitória em Jerez. Em 2010, Viñales e Oliveira juntaram-se a diferentes equipas da Blusens e lutaram pelo título de campeão e, apesar de ter vencido apenas duas corridas, ambas em Albacete, em comparação com as quatro vitórias de Oliveira e dois segundos lugares, Viñales conquistou o título por apenas dois pontos, depois de terminar cada uma das sete corridas da temporada no pódio, enquanto Oliveira caiu numa corrida em Albacete.

A única corrida para o título do Campeonato da Europa de 2010 também decorreu no circuito em que Viñales melhor andava, Albacete, e assim conseguiu a sua terceira vitória do ano no mesmo local.

Viñales mudou-se para o Campeonato do Mundo de 125cc antes da temporada de 2011, tendo sido colega do veterano da categoria Sérgio Gadea, que regressou à classe de 125cc após uma temporada em Moto2, na equipa VIP da discoteca SuperMartxé, depois da equipa Blusens-BQR se ter juntado à socialite norte-americana Paris Hilton.

Viñales namorou a piloto de MX Kiara Fontanesi

Impressionou durante os testes de pré-época em Valencia e terminou em nono na estreia no Grande Prémio no Qatar. Depois de se retirar em Jerez devido a uma falha no travão, Viñales terminou em quarto no Estoril, perdendo por pouco um pódio para Johann Zarco, num foto-finish com uma margem entre a dupla de apenas 0,002 segundos.

Duas semanas depois, em Le Mans, Viñales assumiu a sua primeira partida da primeira linha com o terceiro lugar, e depois de uma longa batalha com o líder do campeonato, Nicolás Terol, este cometeu um erro na penúltima curva e Viñales cortou por dentro e levou a vitória por 0,048 segundos.

Com esta sua vitória, aos 16 anos e 123 dias, tornou-se no terceiro piloto mais jovem a vencer uma corrida de Grande Prémio, atrás de Scott Redding e Marco Melandri. Mais três vitórias durante a temporada permitiram que Viñales terminasse a sua temporada de estreia no terceiro lugar do ranking do campeonato, e também ganhou o prémio de Rookie of the Year.

Viñales entrou na temporada de 2012 como favorito ao título no recém-formado campeonato de Moto3, que substituíra as 2 tempos de 125 cc por 4 tempos de 250.

Venceu cinco corridas no início da temporada, mas a falta de consistência que se seguiu, com várias quedas, fez com que não fosse capaz de acompanhar Sandro Cortese. Indo para a Malásia ainda com alguma hipótese de ganhar o título, chocou os adeptos e os meios de comunicação quando saiu contrariado da sua equipa e regressou a casa, retirando-se da corrida.

Cortese venceu a corrida e o título, com Luis Salom a passar para o segundo lugar. Viñales afirmou mais tarde que não tinha sido informado das ofertas de outras equipas de Moto3, que a equipa se recusou a transferi-lo para a Moto2 e obrigou-o a assinar uma prorrogação do seu contrato em 2014 e que não conseguiu vencer com eles por ser uma equipa da segunda divisão.

Depois desta explosão, Viñales acabou por se desculpar e regressou à equipa nas duas últimas corridas da temporada, garantindo o terceiro lugar da classificação, mas perdendo o segundo lugar para Salom.

Mudou-se para a Equipa Calvo em 2013, para andar ao lado de Ana Carrasco. Resolver o seu novo contrato depois da sua saída na Malásia foi supostamente um caso muito delicado, que incluiu ter de pagar uma elevada taxa de libertação do contrato à sua antiga equipa e recusar o interesse também expresso pela equipa Marc VDS em Moto3. No entanto, pouco depois, venceu as duas primeiras corridas com a equipa Calvo na terceira e quarta ronda, os Grandes Prémios de Espanha e de França.

Nas corridas posteriores teve várias oportunidades para vencer, ao liderar as últimas voltas em San Marino, Aragón e Phillip Island, mas em todas essas ocasiões acabou por ser ultrapassado pelo compatriota Álex Rins. Começava a desvanecer-se da luta pelo título, a duas corridas do fim e só restava uma pequena hipótese de vencer, mas em Motegi os dois corredores da frente do campeonato, Luis Salom e Alex Rins, não marcaram qualquer ponto, uma vez que ambos caíram para fora da corrida, sendo Salom eliminado pelo primo de Viñales, Isaac Viñales. Viñales terminou em segundo, atrás do estreante Álex Márquez, colocando-o de volta à luta pelo título.

Os três pilotos entraram na fase final com uma diferença de apenas cinco pontos entre eles. Quando Salom caiu e voltou a juntar-se ao pelotão mais atrás para terminar em 14º, Rins e Viñales continuaram a lutar até à última curva. No final, Viñales assumiu por pouco a vitória e o Campeonato do Mundo de Moto3, com Rins a terminar em segundo lugar.

Viñales no teste pré-época em Jerez em 2014 com a Moto2 da Pons

Em 2014, Viñales assinou um contrato de dois anos com a Pons Racing para o Campeonato do Mundo de Moto2, que deveria expirar no final de 2015. Juntou-se ao antigo rival Luis Salom na equipa. Obteve a sua primeira vitória na classe intermédia no Circuito das Américas em 13 de Abril de 2014. Acabou por terminar a temporada no terceiro lugar do campeonato de pilotos, com quatro vitórias e nove pódios. Também ganhou o prémio de Rookie of the Year.

Em Setembro de 2014 foi anunciado que Viñales iria subir à classe de MotoGP para a temporada de 2015, pilotando para a equipa de fábrica da Suzuki no regresso desta à classe. Fez parceria com Aleix Espargaró na equipa, que seria dirigida por Davide Brivio.

Viñales foi colega de Espargaró no regresso da Suzuki à MotoGP

Viñales teve uma temporada de estreia decente com a equipa Suzuki de fábrica. Como foi o ano de regresso para o fabricante japonês, receberam várias concessões para o desenvolvimento e a moto sofreu várias alterações durante a temporada.

Viñales terminou 16 das 18 corridas, marcando seis resultados do Top 10 pelo caminho, mais uma vez mostrando a consistência como a sua força. Terminou a temporada no 12º lugar, ganhando o prémio de Rookie of the Year mais uma vez.

A temporada de 2016 viu uma GSXRR muito melhorada entrar em pista, e um sucesso quase imediato para Viñales e para a equipa de fábrica da Suzuki. Viñales conquistou o seu primeiro pódio no MotoGP com um terceiro lugar em França, e a sua primeira vitória de sempre no MotoGP no Grande Prémio da Grã-Bretanha, que foi a primeira vitória da Suzuki desde a vitória de Chris Vermeulen em França em 2007, passando-o para o 4º lugar do campeonato. Depois de Jorge Lorenzo ter anunciado a sua sensacional mudança para a equipa Ducati, Viñales foi contratado para o substituir na equipa de fábrica da Yamaha em 2017 e 2018.

Estilo arrojado e velocidade em curva são as forças de Viñales

A campanha de MotoGP de 2017 de Viñales começou com a vitória no Qatar, tornando-se o primeiro piloto a vencer na estreia pela Yamaha desde Valentino Rossi em 2004 e o primeiro piloto a vencer numa estreia por qualquer equipa desde Casey Stoner em 2011.

O seu forte início de temporada continuou com vitória na Argentina, levando muitos a nomear Viñales como um sério candidato ao campeonato. Porém, na corrida seguinte nos EUA, houve desilusão quando Viñales foi forçado a retirar-se, caindo do quarto lugar após apenas duas voltas.

Viñales seguiu este resultado com um sexto lugar em Jerez e uma dura vitória sobre Rossi em Le Mans. No entanto, esta seria a sua última vitória da temporada, pois a evolução da Yamaha aparentemente não acompanhou a das restantes marcas. Viñales ficou em terceiro lugar no campeonato de pilotos, terminando a temporada com 230 pontos, 22 pontos à frente deste companheiro de equipa.

No lançamento oficial da temporada da Yamaha, em Janeiro de 2018, Viñales anunciou que tinha assinado uma prorrogação de contrato de dois anos, garantindo o seu lugar na fábrica até à temporada de 2020.

A temporada de 2018 foi difícil para Viñales e uma equipa Yamaha em dificuldades com falta de tração e desgaste prematuro dos pneus. Apesar de vários pódios no início da temporada para Viñales e o seu companheiro de equipa Rossi, a Yamaha estabeleceu um novo recorde de 25 corridas de seca antes de Viñales marcar uma vitória em Phillip Island.

Viñales terminou a temporada com 193 pontos no quarto lugar do campeonato de pilotos, a 5 pontos do seu companheiro de equipa Rossi.

Em Novembro de 2018, quando foi publicada a lista provisória de inscrições para 2019, Viñales confirmou que iria mudar do seu número 25 tradicional para o número 12 anteriormente utilizado por Troy Bayliss. Viñales alegou que a mudança se deveu ao facto de sentir que “precisava de fazer algo diferente” para se motivar e já tinha usado o número 12 no motocross e desde que fazia anos a 12 de Janeiro, escolheu esse número, que tem usado desde então.

Em 2019, mais uma vez a Yamaha, embora melhorada, não correspondeu inteiramente às aspirações dos seus pilotos. Viñales começou a época com 7º no Qatar mas desistiu na Argentina, e foi apenas 11º na America, embora recuperasse com um pódio em 3º em Jerez a seguir. Abandonos em França e na Catalunha roderam um sexto em Itália, a que se seguiria uma alta de forma com vitória em Assen e segundo na Alemanha. A Checa trouxe apenas um 10º, com 5º a seguir na Áustria, mas nova dupla de pódios com terceiros em Silverstone e San Marino.

Até a consistência de Viñales falha por vezes

Em Aragón, um aparentemente remotivado Viñales ficou fora do pódio a justa em 4º, mas acertou de novo na Tailândia, antes de repetir o 4º no Japão e não acabar na Austrália, ao tentar ultrapassar Marc Márquez a umas curvas do fim. A ronda seguinte na Malásia, no entanto, trouxe-lhe a sua segunda e última vitória do ano antes de Acabar 6º em Valencia, para terminar o campeonato em 3º com 211 pontos.

Viñales tem um primo, Isaac Viñales, que já competiu nos Mundiais de Moto3, Moto2 e Supersport e já particupou num Track Day no Estoril e viveu com a piloto de MX Italiana Ciara Fontanesi, por quem se apaixonou depois de a conhecer através das redes sociais, entre 2014 e 2017.

Com 91 partidas em MotoGP, vai com 7 vitórias, 23 pódios, 9 voltas rápidas e igual número de poles, que decerto ampliará em 2020!

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