SBK, 2020: Equipa satélite BMW na grelha?

Por a 8 Maio 2020 15:00

Shaun Muir, director da BMW Motorrad SBK Team, fala de como a equipa está a trabalhar na situação atual, como os pilotos Tom Sykes e Eugene Laverty têm vindo a desenvolver diferentes áreas da moto e a relação entre Shaun Muir Racing e a casa mãe BMW Motorrad.

Com a BMW no segundo ano após o regresso ao Mundial de Superbike em parceria com a Shaun Muir Racing, a relação entre ambos é um aspeto importante. Discutindo como as duas entidades funcionam, Muir disse:

“Somos um todo, é assim que eu vejo as coisas. Temos uma boa relação. partilhamos ideias e trabalhamos em estreita colaboração. São basicamente duas divisões fundidas numa só.”

“Entre nós, temos a capacidade de chegar ao topo e é isso que pretendemos. Demos alguns passos gigantes e precisamos de refinar isso agora. Não vai demorar muito até termos o pacote completo.”

Os pilotos também terão contributos para o desenvolvimento da moto e Muir explicou o que a equipa conseguiu desenvolver com a ajuda de Sykes e Laverty desde a pausa forçada:

“Na realidade, há duas frentes para preparar o trabalho do chassis para testes e corridas. Fizemos um teste em Novembro e Janeiro, com a moto que levámos para a Austrália e houve alguns aspetos que estavam incompletos. Aproveitámos a oportunidade para fazer um pouco mais de planeamento nesse respeito. Tem havido muito trabalho de análise realizado que está a dar alguns resultados.”

A análise dos testes é o resultado de programas realizados por Sykes e Laverty durante o inverno, com o par a focar-se em diferentes aspetos da moto. Sykes e Laverty são experientes em SBK e isso é algo que a BMW está a tentar utilizar no que diz respeito ao desenvolvimento de motos.

Muir disse: “Eugene foi muito claro desde a primeira vez que andou na moto sobre o que precisávamos de trabalhar na área da eletrónica para ele encontrar algo com que se sinta confortável. Fazíamos passos sempre que ele andava de moto, em todas as sessões, em todos os testes. Por outro lado, o Tom estava a focar-se na estratégia de corrida, na estratégia de longa distância, onde estávamos a lutar com dificuldades para conseguir a distância total dos pneus.”

“É uma área em que os engenheiros têm estado a trabalhar. Como um emparelhamento, o Tom e o Eugene estão a trabalhar muito bem juntos. Há muita partilha de dados e informação, embora os seus estilos de pilotagem sejam diferentes. Um aspeto que realmente nos agrada são benefícios que Eugene encontrou com a instalação electrónica, que já beneficiou o Tom em algumas áreas. Houve uma boa transferência de informação que é positiva para a equipa.”

Uma forma potencial de os fabricantes obterem mais dados e desenvolvimento nas suas motos é através de equipas satélite. Embora a BMW não tenha atualmente equipas satélite na grelha, e por isso esteja representada pelas duas motas de fábrica, Muir acolheria bem a ideia duma equipa satélite da BMW a aderir ao Campeonato e disse a propósito:

“Estão em curso negociações com a BMW Motorrad em Munique sobre potenciais equipas cliente. É claro que damos as boas-vindas a outras equipas satélite da BMW na grelha para nos ajudar no desenvolvimento, com certeza. Mas de momento só sei que as discussões estão em andamento.”

Com cinco fabricantes a competir na SBK por honras de topo, Muir está ciente de como vai ser difícil. Em Phillip Island, a natureza competitiva do Campeonato foi mostrada com dois fabricantes, Yamaha e Kawasaki, a ganharem, a BMW a garantir a pole na Tissot Superpole e todos os cinco fabricantes a competirem no grupo principal ao longo do fim de semana.

Discutindo a competição nas SBK, Muir disse: “Podemos ver que a Kawasaki está na frente com o Jonathan e o Alex. É um pacote comprovado, por isso esperamos ver isso. A Ducati, obviamente, esperamos ver isso também. E agora a Yamaha deu um passo em frente. Veja-se que o jovem piloto de desenvolvimento dos dois anos anteriores, Toprak, está agora a ser um vencedor ocasional e um finalista regular no pódio. Vemos que há equipas fortes à nossa volta. A Honda chegou e não vão demorar muito a encontrar o seu nível. Não subestimamos a concorrência e tão rápido como desenvolvemos e melhoramos, aqueles que nos rodeiam estão a desenvolver-se e a melhorar também. É um campeonato feroz.”

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