MotoGP, pai e filho: Os Dixon
Continuamos a nossa série sobre duas gerações com Darren e Jake Dixon, que são mais uma dupla de pai e filho pilotos profissionais ingleses. A diferença aqui é que o pai Darren, embora tenha corrido com sucesso na velocidade e de facto, até no Mundial de 500, é mais conhecido por ter sido Campeão Mundial de Sidecar. Originalmente piloto de sidecar, por influência familiar, ele conseguiu a sua primeira vitória no circuito de Lydden, perto da sua casa de Dover, em 1981 com o pendura Terry McGahan.
Depois de uma ascensão surpreendente nas corridas de clube, colocou os sidecars em espera para se dedicar às motos, e rapidamente subiu na hierarquia para se tornar um piloto de nível nacional de topo.
Pilotando para a famosa equipa Padgetts, ele venceu o Campeonato Britânico de TT F1 em 1988 com uma Suzuki RG500 e fez duas participações em Grandes Prémios de 500 um pouco mais tarde, alinhando no GP de Inglaterra em 1993 com uma Yamaha Harris.
Porém, a sua maior conquista foi regressar às 3 rodas para vencer o Campeonato Mundial de Sidecar em 1995 e 1996. Uma vez afastado, Dixon passou a gerir uma equipa de Superbike.
O seu filho Jake Dixon (nascido a 15 de Janeiro de 1996) é um piloto inglês que competiu no Campeonato Britânico de Superbike de 2017 e 2018, na equipa patrocinada pela Royal Air Force, surpreendendo ao ganhar após poucas corridas.
Aos 12 anos, Dixon já estava a competir no Southern Supermoto Championship antes de avançar para o Aprilia Superteens Championship em 2010.
Nesse seu primeiro ano competindo no asfalto, Dixon ficou em 3º no Campeonato Aprilia 125. O vencedor naquele ano foi Chrissy Rouse, que depois viria a competir contra Dixon no Campeonato Britânico de Superbike de 2018.
No ano seguinte, Dixon avançou para a Aprilia RRV450 Challenge. Mais uma vez, ele foi 3º no campeonato daquele ano.
Aos 16 anos, Dixon avançou para o Campeonato Britânico de Superstock de 600 cc, uma das classes de apoio no Campeonato Britânico de Superbike. Andou bem na Yamaha R6 da Moto Breakers preparada para Shaun Rose, terminando em 4º no campeonato. Se não tivesse caído na montanha em Cadwell Park, fraturando um pulso, poderia até ter terminado mais alto que quarto.
Em 2013, Dixon disputou o ano com uma nova equipa e um novo campeonato, pois subiu para o Campeonato de Supersport 600, pilotando para a equipa CF Motorsport de Craig Fitzpatrick numa Yamaha R6. Depois de seis rondas, caiu violentamente em Oulton Park e fraturou o escafóide. Isso terminou a sua temporada, deixando-o em 16º no campeonato. No ano seguinte, o Dixon filho voltou para a equipa Appleyard / Macadam, novamente numa Yamaha R6 e terminou a temporada na 8ª posição.
A seguir, pilotando uma Triumph 675, alcançou o 3º lugar no Campeonato Supersport 600.
Para 2016 Dixon juntou-se à equipa MV Agusta Tsingtao, de Dave Tyson, para a temporada, mas a meio do ano fez uma incursão nas Superbikes Britânicas com a BMW S1000RR da Briggs Equipment de Lee Hardy. Após cinco provas, uma falha nos travões em Oulton Park, mais uma vez resultou em lesões e terminou a sua temporada.
Em 2017, porém, já venceu as duas corridas na quarta ronda do Campeonato Britânico de Superbike em Knockhill, suficiente para terminar em sexto no Campeonato, o piloto mais jovem a entrar na fase final. Dixon anunciou que permaneceria com a equipa Lee Hardy Racing / RAF em 2018, com uma Kawasaki ZX10R 1000 cc no Campeonato Britânico de Superbike, onde terminou a sua participação na segunda posição do campeonato a seguir a Leon Haslam.
Dixon fez sua estreia n Mundial na Moto2 no G.P. Britânico de 2017 em Silverstone, pilotando pela Dynavolt /Intact Team, substituindo o lesionado Marcel Schrotter e terminou em 25º.
Dixon também fez a sua primeira aparição no Campeonato Mundial de Superbike em 2017 na corrida em Donington Park, onde se retirou na primeira corrida e terminou em 9º na segunda corrida.
Em 2019, Jake assinou contrato com a equipa espanhola Ángel Nieto, para alinhar no Campeonato do Mundo de Moto2 de 2019 com o companheiro de equipa andorrano Xavi Cardelús. As motos eram chassis KTM com os novos motores Triumph de 765. Para 2020, já foi anunciado que vai para a Petronas… a história continua.