MotoGP: Ducati limita danos em luta a 3

Por a 8 Julho 2019 15:30

Depois de um sábado desastroso no Sachsenring, (em que inclusivamente Andrea Dovizioso acabou as FP3 e FP4 apenas um lugar à frente de Miguel Oliveira, a milésimas do rookie português), a Ducati teve que implementar novamente o modo de limitação de danos e tentar tirar o máximo que pôde do Grande Prémio da Alemanha.

Danilo Petrucci levou a melhor sobre o companheiro de equipa Andrea Dovizioso nos momentos finais, garantindo o quarto lugar, tendo ambos lutado contra a teimosa de Jack Miller na Ducati Pramac GP19.

No entanto, apesar da formação de fábrica ter angariado 13 e 11 pontos da Alemanha, respetivamente, Petrucci e Dovizioso foram novamente frustrados pela sua incapacidade de lutar na frente.

Petrucci acredita que a corrida ilustrou “os limites da moto”, enquanto Dovizioso, agora com 58 pontos de atraso para Marc Marquez da Honda Repsol admite que a equipa de Bolonha “não pode estar feliz com o ritmo” que exibiram nas últimas três rodadas.

No entanto, após as três semanas de férias de verão, o pelotão de MotoGP vai dirigir-se a Brno, palco duma dobradinha Ducati o ano passado, e um circuito em que a Ducati permanece invicta.

Ontem, no entanto, a vitória ou mesmo um pódio não estavam nas cartas para as balas vermelhas de Bolonha, com Petrucci a dizer que o seu 4º era o melhor que se poderia esperar:

“O quarto lugar foi o máximo que conseguimos alcançar hoje. Claro que é um bom resultado, mas se olharmos para a diferença para Marquez, é muito grande, mais ainda do que Assen. Nós não estamos muito contentes”.

“No início da temporada, até Mugello, lutámos com o Marc. De Barcelona e ​​Assen para aqui, o Marc deu outro grande passo em frente. Ainda estamos em segundo e terceiro no Campeonato, mas precisamos de melhorar, tanto na pilotagem como com a moto.  Acho que precisamos de fazer os trabalhos de casa. ”

“O Andrea e eu mostrámos os limites da moto; e também o Jack, porque acabámos todos os três da Ducati juntos. Então, talvez isto seja o limite máximo desta moto. É muito difícil andar nestas condições. Já se sabe que sofremos sempre nesta pista, e pelo menos conseguimos marcar alguns pontos, mas o líder do campeonato está muito, muito longe de nós. ”

“Temos algo novo para esse teste em Brno. Com certeza, a corrida de Brno e o Red Bull Ring  a seguir serão duas corridas onde podemos mostrar a nossa velocidade. Este ano será difícil, mas acho que será melhor do que Assen ou Sachsenring. Não podemos esperar pelas nossas pistas favoritas. Temos que continuar a trabalhar e lutar em todas as corridas. ”

Entretanto, Dovizioso subiu da quinta fila da grelha para levar para casa do Sachsenring onze pontos, um resultado que ele, tal como o seu companheiro de equipa, admite ter sido um trabalho bem-sucedido de limitação de danos: “Danilo e eu conseguimos o máximo e isso é positivo, mas não podemos ficar felizes com a velocidade que temos.”

“Sabemos que o Sachsenring não é o melhor para a nossa moto, mas a diferença é grande demais. Além disso, nas duas últimas corridas, não pudemos lutar pelo pódio, o que é mau. Na próxima corrida, seremos mais competitivos por causa do traçado da pista, mas a nossa competitividade não é suficientemente boa neste momento”.

“A Honda e o Marc estão cada vez mais fortes e agora a Suzuki e a Yamaha melhoraram, pelo que é muito difícil para nós, neste momento, cumprir o objetivo que temos. Vamos ver o que a Ducati pode trazer nas próximas 3 semanas.”

“Temos que entender o que é preciso fazer. Acho que para o teste em Brno temos algo para entender e temos que ver se encontramos o caminho, mas ainda assim, precisamos de uma estratégia para o futuro, por isso não muda se tivermos mais testes neste momento.”

É claro que o teste de Brno será crucial para todos os pilotos da Ducati, pois eles estão a tentar desesperadamente reduzir o que parece ser um intervalo cada vez maior para a Honda Repsol de Marc Márquez, no topo do Campeonato Mundial de MotoGP.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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