Moto2 – Miguel Oliveira: “Tenho a melhor equipa para atingir os objetivos”
À margem do anúncio da sua associação à BP Portugal, Miguel Oliveira abordou o arranque da temporada de 2018 em Moto2 onde, no passado fim de semana, fechou no quinto lugar o Grande Prémio do Qatar, que decorreu no circuito de Losail. Um evento que ficou marcado pela saída largo na primeira curva, logo após a partida, bem como pelos problemas de aderência traseira ao longo do fim de semana.
“A partida não ajudou porque perdi logo quatro ou cinco posições. Porém, depois não consegui ter o ritmo que pretendia. Para além disso o GP do Qatar foi um bocado limitado pela questão dos pneus, pois não tinha aderência. Oxalá que todos os maus dias, durante a época, permitam conseguir um lugar entre os cinco primeiros”, considera o vice-campeão do mundo de Moto3 em 2015.
O piloto da Red Bull KTM Ajo falou também sobre o muito equilíbrio vivido na categoria intermédia do Mundial e que mais uma vez foi nota dominante neste começo de época. “Esta é uma temporada que está muito aguerrida. Todos os adversários trabalharam muito bem durante o inverno. Deram ali um pequeno passo que os coloca à vontade em certas situações. Contudo tenho plena confiança na minha equipa. Tenho a melhor formação para me ajudar a atingir os objetivos. É nisso que estou focado”, sublinhou o piloto de 23 anos.
Apesar da superioridade da Kalex em Losail, o piloto luso recusa a ideia de que o fabricante germânico, grande dominador do Moto2 nos últimos anos, esteja atualmente num nível superior à KTM, que em 2018 vive a sua segunda época na categoria.
“São tudo visões superficiais. Não podemos dizer que a KTM, por ter vencido as últimas três corridas de 2017, é a melhor moto nem que a Kalex está um passo acima da KTM porque venceu no Qatar. A verdade é que as duas motos estão a um nível muito bom, mas não sei que trabalho a Kalex andou a fazer. Sei aquilo que nós fizemos e estou de consciência tranquila com o trabalho desenvolvido. As nossas oportunidades vão surgir com naturalidade”, entende Oliveira.
Chassis à parte, o potencial foco de preocupação é outro para a equipa comandada por Aki Ajo. “O que poderá ser mais preocupante é ao nível da pilotagem, pois há pilotos que estão muitos fortes. Falo do Francesco Bagnaia (vencedor no Qatar), Álex Márquez e também o Lorenzo Baldassarri, que parece estar a tornar-se num piloto que não o era em 2017 e assim pode vir a ameaçar o primeiro lugar. Temos de estar atentos à evolução do campeonato”, concluiu Miguel Oliveira.