Dakar 2018 – Joaquim Rodrigues: “O meu acidente resulta de um erro do road book”

Por a 27 Janeiro 2018 16:54

Depois de ter regressado a Portugal e de ter sido sujeito a duas intervenções cirúrgicas, Joaquim Rodrigues está já em casa a recuperar do acidente que o deixou, logo na primeira etapa, fora da 40ª edição do Dakar.

Em entrevista ao MotoSport / 16 Válvulas, o piloto de Barcelos recordou que o seu acidente resulta de um erro do road book e de uma situação de perigo mal assinalada pela organização da prova.

“Falou-se de muita coisa e por vezes custa ouvir o que as pessoas falam e escrevem, nomeadamente quando dizem que o acidente foi por causa da minha falta de experiência. Tenho a noção que ainda não sou um piloto para vencer um Dakar, agora sei bem ler o road book e sei ver onde está o perigo.

Neste caso, e tenho o road book comigo, para o poder mostrar às pessoas que o erro não foi meu. Eu faço o meu trabalho, sou pago por uma equipa, sou piloto profissional e sabia o road book de cor nos primeiros 31 quilómetros onde a organização só tinha colocado um perigo e mencionaram isso no briefing, no dia anterior. Tratava-se de uma duna alta que teríamos de subir e que do outro lado teríamos e descer 200 metros. Era o único perigo assinalado no rod book.  Nunca fizeram referência a dunas cortadas, ou perigo de buracos, nada disso foi comunicado aos pilotos, e eu sei que todos os pilotos reclamaram da situação”, afirmou Joaquim Rodrigues.

O piloto da Hero Motosport lembrou ainda que: ”  Infelizmente eu caí, porque fui o primeiro a chegar aquele ponto. Antes de eu lá chegar só mesmo o Kevin Benavides tinha passado naquele local. Depois com o aparato que se criou resultante da minha queda, os restantes pilotos rápidos acabaram por passar com maior precaução.  A verdade é que aquela zona de perigo que era um buraco com 15 metros  não estava devidamente referenciado no road book. Tenho a consciência que aquele local estava mal assinalado e isso acabou por me induzir em erro, já que se soubesse que era um perigo três, era certo que tinha encarado aquele obstáculo de outra forma, porque ninguém é maluco”, acrescentou Joaquim Rodrigues.

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