MotoGP: O erro que tramou Jorge Lorenzo
Tal como já havia acontecido nos Grande Prémios de Itália e Catalunha, Jorge Lorenzo voltou a liderar uma corrida de MotoGP aos comandos de uma Ducati. Desta vez este feito ainda ganhou maiores contornos, pois esteve a comandar uma prova da classe rainha, no caso o GP da República Checa, em que a pista não estava totalmente seca, condições onde nos últimos anos o espanhol tem sentido muitas dificuldades.
Depois de umas primeiras voltas de sonho e com a nova carenagem incorporada na Desmosedici GP17 pensava-se que Lorenzo pela primeira vez ia lutar pela vitória de uma corrida ao serviço da Ducati. Porém tudo mudou com a troca para a moto com pneus para piso seco.
Tudo devido a um erro de comunicação entre piloto e equipa, o que fez com que Jorge Lorenzo chegasse às boxes para efetuar a troca de moto e a Ducati não tivesse a Desmosedici GP17 versão piso seco preparada para sair para a pista. “A equipa mandou-me parar, mas a moto não estava pronta. Vamos aprender com esta experiência negativa para que no futuro este erro não se repita. O aspecto positivo deste fim de semana é que fomos competitivos tanto com o piso seco como molhado”, disse o espanhol após a conclusão da corrida.
Um erro que saiu caro e atirou o piloto maiorquino para o final do pelotão vendo a sua corrida totalmente comprometida. O tricampeão do mundo de MotoGP viria a ver a bandeira de xadrez num modesto 15º posto, sendo a terceira corrida consecutiva em que ficou abaixo do top 10.
Já o ano passado, então ao serviço da Yamaha, Jorge Lorenzo teve problemas na troca de moto em Brno, num momento marcado por muita indefinição e que também atirou o tricampeão do mundo de MotoGP para o final do pelotão.
Este ano o erro cometido têm ainda a agravante de ser numa fase em que já é possível a comunicação entre a equipa e o piloto através do novo sistema de mensagens no painel de instrumentos da moto, o que torna ainda mais inexplicável esta falha.