O segredo da Michelin no GP do Qatar

Por a 26 Março 2016 15:03

Depois de uma pré-época marcada pela falta de consistência dos novos pneus Michelin, principalmente o pneu dianteiro, a marca francesa recebeu elogios generalizados após a sua primeira prova oficial na época de regresso ao MotoGP.

A durabilidade e performance dos Michelin permitiram que a corrida de 2016 fosse quase 7 segundos  mais rápida do que a de 2015, além de Jorge Lorenzo ter batido o recorde oficial de Losail, que já persistia desde o tempo de Casey Stoner.

Este volte-face foi originado por uma decisão da Michelin sobre as dimensões dos pneus. Depois de ter começado os testes com uma proporção baseada nas corridas de Superbikes e Superstock – 3.5 polegadas de largura no pneu dianteiro e 6.0 no traseiro -, a Michelin foi aumentando essas dimensões até apresentar já no Qatar pneus com largura de 4.0 x 6.25, que se revelaram os mais adequados para os protótipos de MotoGP.

“Essas são as medidas que funcionam”, admitiu Nicolas Goubert, diretor da Michelin à espanhola Solomoto. “Modificámos o perfil para aumentar a superfície de contacto em máxima inclinação, aproximadamente a partir de 45º/50º. Mas o nosso perfil dianteiro pode ser montado em jantes de 3.75 ou 4.0 polegadas. Para já, todos os pilotos preferem as de 4.0 mas tenho a certeza que alguns vão experimentar as de 3.75 para tornar a moto mais ágil”, referiu o francês.

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